São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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INTERNET

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

America On Line não atende à demanda

Estados ameaçam processar provedor
Autoridades da Justiça em 26 Estados norte-americanos, inclusive Nova York, avaliam a possibilidade de processarem uma das maiores empresas de serviços na Internet no país, a America On Line, por quebra de contrato com seus milhões de assinantes.
Desde que introduziu, em dezembro, uma mensalidade universal de US$ 19,95 que dá direito aos assinantes de acessarem os seus serviços por tempo indeterminado, o sistema da America On Line tem estado em constantes crises.
Os números telefônicos de seus computadores estão frequentemente ocupados, o que obriga os assinantes a muitos minutos de tentativas até conseguirem conexão, têm ocorrido atrasos de horas na transmissão ou recepção do correio eletrônico (e-mail), e, em pelo menos três ocasiões, o sistema ficou fora de ar por horas.
Os concorrentes estão aproveitando o que a AOL chama de "crise de crescimento". Hoje, antes do início da final do campeonato nacional de futebol, programa de maior audiência da TV americana, a CompuServe coloca no ar anúncio de 30 segundos, 15 dos quais mostram tela de computador em branco e o som de ligações frustradas. Ao final a mensagem: "Procurando acesso confiável à Internet? CompuServe. Entre nela".
O presidente da America On Line, Steve Case, que em cinco anos conseguiu 8 milhões de assinantes e faturamento anual de US$ 1 bilhão para o seu negócio que começou "no fundo do quintal", não se deixa abalar com os problemas, pelo menos em público.
Na sexta, ele fez a maratona dos programas de entrevistas na TV para assegurar que tudo estará em ordem em breve e que o problema não passou de uma extraordinária e inesperada resposta positiva dos consumidores ao seu produto.
Case diz que está investindo US$ 100 milhões acima do previsto para aumentar em 75% a capacidade do sistema e que até junho tudo estará resolvido. Só falta convencer os assinantes a esperar seis meses.

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