São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997 |
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Medidas do MICT 'fogem' do reivindicado por setores Revisão do câmbio e de tarifas de importação não aparecem DA SUCURSAL DE BRASÍLIA As ações enumeradas pelo MICT para modernizar a indústria nacional fogem das reivindicações mais comuns dos 15 setores avaliados -a alteração do câmbio e a revisão das tarifas de importação.Esses dois pleitos deverão estar fora das medidas que Antônio Sérgio Martins Mello, secretário de Política Industrial, e José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica, deverão adotar para estimular a indústria. A lógica é a de proporcionar a capitalização da indústria, por meio de empréstimos, e a renovação tecnológica, por meio de aquisição de máquinas e equipamentos mais eficientes e a custos menores. O governo também deverá insistir na aplicação de métodos para a melhoria da qualidade e produtividade. Ao mesmo tempo, estimular as indústrias a investirem no design de seus produtos. Em raros casos, propõe a revisão da incidência de impostos -principalmente os que oneram a compra de máquinas e equipamentos estrangeiros, que podem vir a trazer aumento de produtividade. Esse fato poderá proporcionar um pouco mais de tranquilidade e estimular setores estratégicos, como o automotivo. Também devem ser positivos para os que passarem para a iniciativa privada -como o de telecomunicações e energia. A injeção desse capital, no entanto, não chega a alterar o destino de boa parte das indústrias nacionais. A maioria dos fabricantes de autopeças, por exemplo, tende a fechar as portas por não aguentar a competição internacional. Regime automotivo O governo já iniciou a discussão com representantes de montadoras e empresas de autopeças sobre o destino do setor a partir de 1º de janeiro do ano 2000, quando o regime automotivo brasileiro perde a validade. A partir dessa data, deverá ser implementado um regime automotivo comum, discutido e aceito pelos quatro países do Mercosul e com regras únicas. Esse novo regime não poderá trazer regras hoje existentes, por força das normas da OMC (Organização Mundial do Comércio). Nacionalização Estará eliminado o índice de nacionalização dos veículos -que limita o número de peças importadas e protege, em tese, a indústria de autopeças local. Incentivos fiscais também deverão ser extintos. As empresas do setor, que se comprometeram a investir mais de US$ 18 bilhões até o ano 2000, pressionam para manter benefícios que garantam a permanência dos parques industriais no país. Texto Anterior: Propaganda e nome Próximo Texto: Ministros começam a 'desenhar' euro Índice |
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