São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997
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Impala seduz com sua recepção caseira

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Trabalhando na teoria de que o menor é melhor ou, no mínimo, mais silencioso, nos registramos nos hotéis Impala e Astor.
Eles parecem uma estalagem, pelo menos em escala: 17 quartos no Impala e 41 no Astor. Nesses hotéis, o que perdemos em estrelas, ganhamos em solidão.
A entrada do Impala (hotel aberto em 1993) promete discrição.
Ao lado, fica o restaurante, no terraço do hotel.
As boas-vindas são domésticas. "Por favor, coloquem isso no chão. Agora, elas são nossa responsabilidade", disse um funcionário da recepção enquanto balançava a cabeça e sorria ao ver que colocamos nossas malas no chão.
Embora tenha sido cobrado como um apartamento de luxo, o 206 -que custa US$ 189 por noite- é, na verdade, acanhado e dominado por uma cama "king size".
Isso é compensado por uma abrangente vista dos edifícios vizinhos e uma agressiva luz de segurança exterior.
Um primitivo rack de canto sustenta um televisor e um aparelho de CDs. Entre os títulos disponíveis na recepção há discos de Billie Holiday, Simply Red e Sade Adu.
O banheiro é apertado -quando aberta, a porta deixa pouco espaço entre ela e a pia-, mas sofisticado.
Sobre a pia, massivamente decorada com pedras, Luther, meu companheiro, encontrou seus artigos de toalete prediletos da marca Body Maintenance.
Cleptomania
Passei a colocar esses cosméticos na minha bolsa, na esperança de que as arrumadeiras os repusessem. E elas o fizeram, duas vezes.
As toalhas brancas são grandes o suficiente para inspirar instintos cleptomaníacos. Os roupões também são desejáveis, mas cada quarto tem apenas um deles.
Curiosamente, o chão do quarto estava ligeiramente úmido. Informei isso ao serviço de arrumação e fui à praia depois do almoço.
Na manhã seguinte, uma brilhante faixa de água apareceu na porta do quarto. Era um vazamento na pia do banheiro.
Após alguns minutos, um funcionário do hotel fez o conserto. O serviço é rápido, quando solicitado, e cortês, quando não.
Quando uma chuva rápida banhou a cidade, um funcionário da recepção, com guarda-chuva em mãos, se materializou enquanto atravessávamos o saguão na direção da rua, onde iríamos procurar um restaurante para o jantar.

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