São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997
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Astor abriga o melhor restaurante

DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

A situação dos croissants no café da manhã era pior no hotel Astor, do que no Impala -para um bom café, vá ao News Café, na esquina da Ocean Drive com a 8th St.
Construído em 1936, o Astor passou por uma reforma quase imperceptível.
O quarto 103 está entre os mais baratos do hotel, US$ 135 por noite. Esse preço se deve à localização inconveniente.
Em vez de uma vista do glamouroso jardim em volta da piscina com cascata, a janela dá para uma rua lateral sem graça.
Também sob a nossa janela ficava a entrada de um refeitório no subsolo do hotel, o Astor Place Bar and Grill, considerado o melhor restaurante de Miami Beach.
Essa reputação começou a ficar perturbadoramente aparente numa madrugada de sábado.
Quando a manhã mal começava a despontar, ouvimos cabides deslizando por uma estrutura de metal simetricamente colocada na altura da cabeceira da nossa cama.
Esse ruído era acompanhado pelo som de manobristas batendo portas de carro e espasmos de música festiva.
O quarto é grande, claro e um pouco estéril. O banheiro segue o manual básico de sofisticação: metais cromados e azulejos bege, grandes toalhas e imensos roupões -desta vez, duas unidades.
A decoração é um art déco atualizado. Essa característica vai desde a cabeceira bege da cama até a mesa de vidro da recepção.
Defeito
O imponente armário é o único defeito real do quarto. Ele é muito largo para o local que ocupa: na frente da parte da cama sobre a qual repousam os pés. As portas abrem até onde começa a cama.
Embora o quarto tenha recebido recentemente uma demão de tinta cor-de-rosa, uma inspeção minuciosa revela que os móveis não foram afastados e que os pintores apenas os contornaram.
O serviço no Astor é rápido, embora sem o tratamento extremamente familiar do Impala.
Exemplares gratuitos do jornal "Miami Herald" são colocados todas as manhãs nas portas dos quartos. E, quando um jornal de outra cidade foi solicitado, um mensageiro desapareceu na madrugada para encontrá-lo.
Quando uma tábua de passar roupa e um ferro foram pedidos, apareceram em dois minutos.
Na nossa última noite, nos aventuramos no Astor Place e descobrimos a verdadeira razão pela qual as pessoas se hospedam nesse hotel: a comida.
Eu pedi a panqueca de cogumelos selvagens, coberta com xarope balsâmico e tomate seco.
Com as quatro taças de vinho que eu e Luther tomamos, a conta chegou a US$ 128,27 (sem gorjeta). Não foi barato, mas satisfatório.

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