São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997 |
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Até presos comem bem em Roma
SANDRO POLLASTRINI
Uma anedota garante que, mesmo no antigo cárcere romano, o Regina Coeli, a comida é especial. Isso porque a sopa ("minestra") servida aos presos é feita de maneira secular, não com azeite de oliva, mas com a banha de porco ("pancetta") batida junto dos temperos, a "battuta". Historicamente, os pratos romanos têm origem nos ingredientes que o clero e a nobreza não aproveitavam e que eram engenhosamente transformados em especialidades da culinária local. Assim aconteceu com a rabada -preparada com salsão-, com a dobradinha e diversas vísceras. É difícil recomendar um restaurante específico em Roma, mas o roteiro gastronômico pode passar por um dos endereços abaixo: 1. Perilli a Testaccio, próximo da pirâmide de Céstia, na via Marmorata, 39, tel. local 574-2415. Fecha às quartas. 2. Piperno, na via Monte dei Cenci, 9, tel. local. 6880-6629. Serve comida romano-judaica. Fecha domingo à noite e às segundas. 3. Pompieri, na via Santa Maria de Calderari, 38, tel. local 6868-8377. Restaurante instalado numa casa decorada com afrescos. Os romanos também dizem que suas pizzas são melhores do que as assadas em Nápoles. Embora seja possível comer a "pizza al taglio", cortada em forma de quadrado, em diversos lugares, o romano gosta de pizzas individuais e crocantes, de massa fina, como as que Fellini saboreava na pizzaria Fiorentine, na piazza Mazzini. Outra especialidade é o "tramezzino", feito com pão de forma cortado em triângulos, e o "panino", de recheios variados. Para acompanhar a comida, os romanos bebem vinho branco gelado, mesmo no inverno. Texto Anterior: Definir capital italiana é tarefa de poetas Próximo Texto: Coma como os romanos Índice |
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