São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Pitta não comenta relatório

DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito de São Paulo, Celso Pitta (PPB), não quis responder ontem ao relatório do Banco Central, que coloca em dúvida a lisura da operação com Letras do Tesouro Municipal realizadas pelo atual prefeito em 1995.
Na ocasião, Pitta era secretário das Finanças do ex-prefeito Paulo Maluf (PPB).
Por intermédio de seu assessor-chefe de imprensa, Henrique Nunes, Pitta disse que não tinha como se pronunciar por não ter conhecimento de detalhes do relatório do BC.
A Folha tentou durante durante duas horas - de 17 às 19h - ter acesso ao gabinete do prefeito para ouvi-lo.
O primeiro pedido de entrevista, feito às 17h, foi levado pelo assessor de imprensa André Sales a seu chefe, Nunes, que estava no gabinete do prefeito. Pitta dava entrevista ao jornal Christian Science Monitor.
A Folha disse que o assunto era a CPI dos Precatórios. Vinte minutos depois, Sales retornou com a resposta: Pitta não falaria. O prefeito esperava ser convocado pela CPI, segundo o assessor.
A Folha pediu para falar com Nunes, o que conseguiu pouco antes das 18h. Foi dito ao assessor-chefe que havia surgido um elemento novo -o relatório do Banco Central- sobre o qual o prefeito certamente se interessaria em falar.
Cópia do relatório
Nunes recebeu uma fotocópia com seis trechos do relatório do BC, um dos quais dizia que parecia claro haver "motivação dolosa" na operação com os títulos do tesouro.
A fotocópia seria entregue a Pitta. Uma hora depois, Nunes retornou com a resposta: Pitta não falaria porque considerava as informações insuficientes.
O prefeito tem evitado falar sobre o assunto. Durante a campanha eleitoral, em 29 de setembro de 1996, disse que a acusação de que as negociações com os títulos continham irregularidades era uma "denúncia improcedente, caluniosas, eleitoreira".

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