São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997 |
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PMs agridem adolescentes em blitz
MOACYR LOPES JUNIOR
"Vamos identificar os policiais e, dependendo do que for apurado, eles serão afastados do policiamento e responderão a processos disciplinar e criminal", disse o capitão Sidney Teixeira Braga, do 7º Batalhão. Um dos policiais, que se chamaria Baulaure, perseguiu um adolescente pela rua, o alcançou e o atirou ao chão. Em seguida, desferiu-lhe socos, chutes enquanto empunhava um revólver. O garoto, que gritava, foi arrastado para o outro lado da rua. Lá, três outros garotos estavam sob a guarda de outro policial. Quando o adolescente agredido foi posto entre os amigos, esse segundo PM o agarrou pelo pescoço, tentando estrangulá-lo. Seu companheiro atravessou novamente a avenida para revistar parte das roupas do garoto que haviam caído. Nesse momento, ele percebeu a presença da reportagem e avisou o companheiro, que soltou, de imediato, o pescoço do adolescente. Baulaure justificou a agressão ao adolescente como uma forma "reprimir a atitude dele". O garoto havia tentado fugir da blitz que estaria sendo feita contra consumidores de crack. Os policiais militares disseram que iam encaminhar os quatro possivelmente para o SOS Criança. S.F.S., 15, amiga do garoto agredido, disse que ele é conhecido como J. e que tem 16 anos. "Eles bateram porque J. estava com uma pedra de crack." Até as 20h de ontem, J. não havia dado entrada em nenhuma delegacia da região ou no SOS Criança. Texto Anterior: Violência cresceu em 1996 na Grande SP Próximo Texto: PM morre e outro se fere em tiroteio em bar de SP Índice |
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