São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Ramalho diz haver perseguição

SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO

Ao ser informado, ainda em seu escritório, sobre o recurso da promotoria, o advogado de Guilherme de Pádua, Paulo Ramalho, anunciou a intenção de lutar pela anulação do julgamento.
Irritado com os promotores, Ramalho, 39, previu um confronto prolongado.
"Vamos ter uma guerrilha jurídica a partir de agora. O recurso pela anulação é só o começo. Vão vir muitos habeas corpus por aí. Isso tudo é profundamente lamentável. Esse recurso da promotoria é um exercício de perseguição", disse o advogado de Pádua.
O recurso pela anulação do julgamento também vai ser apreciado pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal do Justiça.
Os desembargadores da 2ª Câmara vão analisar o recurso de Ramalho antes do recurso do Ministério Público.
Como base do pedido de anulação, Ramalho afirma que a sentença foi injusta por ser "manifestamente contrária aos autos".
O advogado aponta como motivos para a decretação da nulidade do processo os vetos do juiz José Geraldo Antônio a diligências pedidas pela defesa antes do julgamento. Também é citado como razão para anular o julgamento o fato de, segundo Ramalho, alguns jurados terem chegado ao tribunal determinados a condenar o réu.
O advogado se referia a entrevistas que parentes de jurados teriam dado à revista "Veja", afirmando que eles (os parentes) defendiam a condenação de Pádua.
(ST)

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