São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Uma pessoa é morta por hora na Grande SP

Criminalidade cresce em 96

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

A violência cresceu em 96 na Grande São Paulo. O número de homicídios (6,4%), roubos a bancos (38%), roubos de carros (22,6%) e roubos em geral (17,9%) cresceu em relação a 1995. Chacinas (-4%) e furtos (-3,4%) caíram.
Por dia, 21,3 pessoas foram mortas por dia na Grande São Paulo em 1996, quase um assassinato por hora. A região registrou 9,5 roubos por hora. Os donos de veículos foram roubados ou furtados na velocidade de 12,5 por hora.
Os bancos também não escaparam: foram 3,19 assaltos por dia. "Mudou o perfil dos assaltantes de banco. Hoje, ladrões inexperientes estão agindo nessa área", disse o secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva.
Apesar da redução, os furtos também fizeram 303 vítimas por dia. Já as chacinas estiveram presentes 3,9 vezes por mês. Mesmo assim, o secretário afirmou que a situação está "sob controle".
Tendência de queda
"Adotamos programas de combate à criminalidade que diminuíram os crimes após maio de 96. A tendência de redução foi mantida até o fim do ano, o que nos leva a crer que os números cairão em 97", disse José Afonso.
Segundo ele, o aumento dos crimes teria sido maior sem a adoção do Pisc (Programa Integrado de Segurança Comunitária) na zona leste e na região de Santo Amaro.
O Pisc prevê reforço de policiamento nos fins-de-semana, visando à redução dos homicídios por meio da apreensão de armas e drogas, além de revistas em bares.
Segundo o secretário, a partir de maio, data de adoção do Pisc, os homicídios caíram 1,52 caso por mês em São Paulo. Na Grande São Paulo, a redução teria chegado à média de 6 casos a menos por mês.
Também o número de roubos em geral sofreu um redução mensal em média na capital (75 casos) e na Grande São Paulo (107). Os roubos e furtos de carros teriam caído 167,9 casos por mês na capital e 218,3 na Grande São Paulo.
"Compraremos mais carros e contrataremos mais policiais", disse o secretário. Ele também anunciou a ida oficial de uma missão policial a Nova York (EUA) para estudar a polícia da cidade.

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