São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997 |
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"Exportação será motor da economia"
DA REPORTAGEM LOCAL O índice de crescimento da indústria nos próximos anos vai depender da política de exportação adotada pelo governo, acredita Boris Tabacof, da Fiesp."Enquanto o país não passar para um novo patamar de exportação, a economia brasileira irá seguir sem grande crescimento", previu. Segundo ele, o consumo interno, principalmente de bens duráveis, como os eletrodomésticos, chegou a um nível de estabilidade. "O consumo de bens duráveis, baseado na expansão do crédito, não será mais o 'motor' do crescimento", disse Tabacof. Segundo Tabacof, a desvalorização do Real não faz parte dessa política agressiva. Mudanças na política cambial, acredita, teriam efeitos negativos sobre a economia brasileira. As principais medidas seriam então a criação de sistema de crédito para os exportadores, a eliminação completa da carga fiscal sobre as exportações e a adoção de uma política de comércio exterior. "O governo precisa lutar para que acabem ou se reduzam as barreiras contra produtos brasileiros em outros países", disse. "As exportações brasileiras perderam dinamismo e o que a indústria quer são políticas que estimulem a competitividade." Investimentos Outro caminho para o crescimento da economia brasileira, aposta, será a entrada de investimentos externos no país. Tabacof prevê um grande fluxo de investimentos externos no Brasil nos próximos anos. "Vivemos nos primórdios de um ciclo forte de investimentos no país", analisou. O empresário afirma, no entanto, que o tamanho desse fluxo de investimentos vai depender do avanço nas reformas estruturais -entre elas a fiscal e a do Estado- e na aceleração do processo de privatização a partir deste ano. Texto Anterior: Setor de papelão indica crescimento Próximo Texto: Previsão inicial de déficit para janeiro era de cerca de US$ 1 bi Índice |
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