São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Setor de papelão indica crescimento

CLAUDIA GONÇALVES; FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

O setor da indústria de papelão ondulado, bom termômetro da atividade da indústria nacional, registrou um crescimento de 8,9% no ano passado, apesar do aumento da capacidade ociosa em suas fábricas -o número passou de 30,84% em 95 para 42,68% em 96.
"A grande ociosidade se deve à ampliação e à modernização das fábricas", diz Paulo Sérgio Peres, presidente da ABPO (Associação Brasileira do Papelão Ondulado).
Devido à competitividade, o segmento aumentou a produção (de 1,3 para 1,4 milhão de toneladas de papelão ondulado) e reduziu seus preços em 18% em 96. Ainda assim, o faturamento caiu de R$ 1,8 bilhão para R$ 1,6 bilhão.
Os fabricantes de brinquedo registraram crescimento recorde em 96, mesmo operando com capacidade ociosa de 50%. "Nossa produção cresceu 20%", festeja Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos).
Costa estima que o setor opere com 40% de ociosidade e cresça 10% este ano. "Vamos aumentar produção e reduzir preços".
A indústria brasileira de produtos de limpeza reduziu a ociosidade em suas fábricas: está operando neste mês com 70% a 75% da sua capacidade produtiva. Há um ano, esse percentual era de 65% a 70%.
"As fábricas estão mais ativas neste ano porque aumentou o consumo", diz José João Armada Locoselli, presidente da Abipla, que reúne os fabricantes.
A Gessy Lever, fabricante de produtos de higiene e limpeza e alimentos, informa que está ocupando 80% da sua capacidade produtiva. O mesmo ritmo verificado em igual período do ano passado.
Ronald Rodrigues, diretor, diz que as fábricas da empresa já ocuparam 90% da capacidade.
O segmento de confecções cresceu 10% em 96. Apesar disso, a produção caiu em 10%. Em um ano, o faturamento caiu de US$ 27,228 bilhões em 95 para US$ 25,900 bilhões em 96. Roberto Chadad, presidente da Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) culpa as "importações predatórias" (leia-se contrabando) e a redução do crédito para as importações.
(CLAUDIA GONÇALVES FÁTIMA FERNANDES)

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