São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Clima ensolarado do Sul promete safra de qualidade

JORGE CARRARA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Em meio às enxurradas que têm transformado a paisagem urbana de grande parte do Brasil numa série de rios, lagos e cachoeiras, um clima ensolarado está brindando os vitivinicultores da serra gaúcha com uma safra excepcional.
Ao contrário do que vem acontecendo em 97, nesta época é precisamente a região dos vinhedos que costuma sofrer com a chuva, o que acaba prejudicando a qualidade das uvas.
Mas, segundo Philippe Mével, enólogo da M. Chandon do Brasil, neste ano "o tempo está ajudando" e as uvas que estão sendo colhidas "têm uma maturação ótima", o que deve resultar em vinhos com aroma e paladar tanto mais intenso quanto equilibrado.
Carlos Zanuz -responsável na Baccardi-Martini pela modelagem dos vinhos De Lantier- mostra também entusiasmo pela qualidade das uvas, maduras e sadias. Para ele, a seca que sofreu a região durante dezembro e janeiro -e os dias de sol que a acompanharam- estão dando à colheita deste ano características muito semelhantes às da de 91, uma safra que marcou, por sua qualidade, a história da região.
A colheita das variedades de maturação precoce -como Pinot Noir, Gewürztraminer e Chardonnay- está praticamente encerrada. Restam nas videiras ainda outras de maturação mais demorada, como as tintas Merlot e Cabernet Sauvignon.
Mas a julgar pelo alvoroço provocado pelos cachos que entraram nas cantinas gaúchas, o clima em 97 parece já ter garantido matéria-prima para brancos e espumantes de excelente qualidade.

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