São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997![]() |
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Pitta prevê R$ 19,8 mi para publicidade ROGÉRIO GENTILE ROGÉRIO GENTILE; MAURICIO RUDNER HUERTAS
O Orçamento do próximo ano da Prefeitura de São Paulo destina mais recursos para a publicidade do que o previsto pelo ex-prefeito Paulo Maluf para 1997. Em 1998, o prefeito Celso Pitta pretende gastar R$ 19,8 milhões com o setor. O Orçamento municipal de 1997, elaborado por Maluf para o primeiro ano do governo de Celso Pitta, previu investimentos menores, de R$ 10 milhões. No mês de agosto, Pitta retirou recursos de outras secretarias e aumentou a verba de 1997 para R$ 20 milhões. Até 30 de setembro, a prefeitura já depositou R$ 13 milhões na conta das agências responsáveis pelo serviço. O prefeito vai aumentar em 1998 também a verba destinada para a promoção dos eventos turísticos realizados pelo Anhembi (empresa administrada pelo município). Estão previstos gastos de R$ 4,1 milhões. No Orçamento de 1997, a verba é de R$ 2,25 milhões. Campanha A conta da prefeitura pertence ao consórcio Futura Cidade, formado pelas agências Biondi & Associados, Duda Mendonça & Associados e Salles/DMB&B. As duas primeiras agências pertencem, respectivamente, aos publicitários Nelson Biondi e Duda Mendonça, responsáveis pelas campanhas eleitorais de Paulo Maluf (1992) e Celso Pitta (1996). Os publicitários deverão preparar também a campanha de Maluf do ano que vem, quando ele deve disputar o governo do Estado. O consórcio foi o único participante da concorrência pública realizada no ano passado pela Secretaria Municipal do Planejamento. Os publicitários dizem que os serviços para a campanha política e para a administração municipal não se misturam. 'Verbas diminuíram' O secretário municipal do Planejamento, Gilberto Kassab, diz que o raciocínio é outro. "Na verdade, estamos usando menos verbas para a publicidade do que o previsto quando foi feita a concorrência pública, em 1996." Na licitação, foram estipulados gastos anuais de R$ 28 milhões. "Portanto, nós cortamos a verba publicitária", afirmou Kassab. O publicitário Nelson Biondi considera R$ 19,8 milhões um gasto irrisório. "O Estado gasta duas vezes mais", afirma. "Além disso, a prefeitura paga menos do que estabelece o nosso contrato." O vereador José Eduardo Cardozo (PT) enviou um requerimento para a secretaria pedindo informações sobre o serviço executado. "Os gastos são muitos, mas não estamos vendo as campanhas." No fim-de-semana, segundo a prefeitura, se for confirmada a aprovação na Câmara do rodízio municipal, será iniciada uma campanha de esclarecimento. Texto Anterior: Uma viagem do tango ao candomblé Próximo Texto: Verba para Carnaval cresce 40% Índice |
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