São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997
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Aviação sofre restrições

DO ENVIADO ESPECIAL; DA AGÊNCIA FOLHA

A fumaça que está tomando conta de Manaus nas primeiras horas da manhã está restringindo e aviação e pode se tornar um grave empecilho para eventuais casos de busca e salvamento que precisem ser feitos -por avião ou por helicóptero- nesse período.
"A aviação está sofrendo restrições. Estamos tendo de retardar a decolagem de aeronaves e aumentando os espaços de tempo entre uma decolagem e outra, caso seja necessária uma manobra de emergência da aeronave que acabou de decolar", disse o comandante do Serviço Regional de Proteção ao Vôo, coronel Júlio Cezar Pereira.
Segundo ele, atualmente, está havendo uma restrição visual horizontal de 2.000 a 3.000 metros -o normal é acima de 5.000 metros.
"Não vi uma situação semelhante a essa em Manaus nos últimos dez anos. A dissipação dessa fumaça só vai ocorrer com vento muito forte ou com chuva intensa", afirmou o comandante.
"O quadro é ruim. As queimadas estão prejudicando muito a visibilidade. Se houver um acidente que exija resgate por ar, próximo a um foco de queimada, a operação pode ser inviabilizada", disse o piloto de helicópteros da Aeronáutica tenente Marcelo Monteiro.
"Atualmente, temos dois helicópteros de resgate de sobreaviso. Normalmente, mantemos apenas um. A situação exige cuidado", afirmou outro piloto de helicóptero, o tenente Juraci Muniz.
Aeroportos
Quatro aeroportos na região Amazônica, incluindo o Aeroporto Internacional de Manaus, operaram ontem com restrições por causa de condições inadequadas de visibilidade, provocadas pela fumaça de queimadas.
O Aeroporto Internacional de Manaus (AM) operou apenas por instrumentos durante todo o dia. Operadores da torre de controle do aeroporto de Manaus disseram que as atuais condições de operação são as piores dos últimos três anos.

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