São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997
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Personalidade permite indicação

DA AGÊNCIA FOLHA EM PORTO ALEGRE

O paciente L., 41, teve liberação e indicação psíquica para se submeter a um transplante hepático em função da sua personalidade.
O psiquiatra José Ricardo de Abreu concluiu que L. demonstrou conhecer sua situação, ter capacidade afetiva para avaliá-la adequadamente e ter recursos emocionais para tolerar frustrações e sofrimentos inevitáveis.
L. casado, empresário e mora no interior do Rio Grande do Sul. Era portador de hepatite C e começou a ter sintomas de cirrose hepática.
Demonstrou, na entrevista com os psiquiatras, aceitar a realidade da doença e mostrou confiança na equipe médica que o atendia.
Uma das medidas tomadas pelo paciente foi a de se transferir para Porto Alegre, a fim de facilitar o seu tratamento médico. Ele tem informado sua família sobre seu estado de saúde. Tem boa capacidade para relacionamentos e aceitou parar de fumar e de beber, seguindo recomendação médica.
B., 66, teve um diagnóstico de autodestruição, rejeitava ajuda de outras pessoas e sofria de alcoolismo. Recebeu contra-indicação para o transplante hepático e morreu devido a complicações clínicas.
Em 89, soube que tinha cirrose. Depois do diagnóstico, bebia cerca de quatro cervejas por dia. Os filhos, desaprovando a conduta, afastaram-se dele. B. apresentava estados clínico e nutricional críticos, demência alcoólica e não tinha capacidade de diálogo.

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