São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997![]() |
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Ministério da Saúde vai apurar desperdício
ABNOR GONDIM
O caso mais grave já apurado envolve a aprovação do fornecimento de 2.634 caixas de espermicidas para a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. O órgão havia pedido ao ministério apenas 50 caixas do medicamento. Cada uma tem 50 bisnagas de espermicida. O ministério tem informações de irregularidades também no atendimento dos pedidos de espermicidas feitos pelo governo do Rio Grande do Sul. "Esse "desperdício" foi confirmado ontem pelo secretário-adjunto de Programas Especiais do Ministério da Saúde, Platão Fusher Pauhler, que é responsável pelo desmonte das atividades atribuídas à Ceme. "Isso é uma distorção inadmissível", disse ele. "O Distrito Federal pediu uma quantidade de medicamentos, e a Ceme mandou uma quantidade maior." Pauhler agendou para hoje uma reunião com os representantes dos três laboratórios responsáveis pelo fornecimento dos espermicidas -Searle, Eurofarma e Leovita. Uma das propostas do secretário para resolver o problema é remanejar os espermicidas para áreas onde haja necessidade. Em todo o país, a Ceme acertou a compra de 134.266 caixas de espermicidas, com o custo de R$ 40,6 milhões. Segundo avaliação da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a quantidade de espermicidas assegurada pelo ministério é suficiente para atender a necessidade do programa de planejamento familiar durante 15 anos. Conforme a reclamação da secretaria, vários medicamentos de maior uso estão em falta e sem previsão de serem fornecidos pelo ministério. A secretaria comunicou o excesso de espermicida ao ministério no dia 29 de agosto. O fato foi revelado ontem no programa "Bom Dia, Brasil", da Rede Globo. Texto Anterior: Ministério investiga dossiê Próximo Texto: São Paulo recebe remédios em excesso Índice |
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