São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997 |
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Líder do PMDB pede o fim da urgência ABNOR GONDIM ABNOR GONDIM; LUIZA DAMÉ; MARCELO DAMATO
No primeiro dia de lobby no Congresso, Pelé passou no teste de popularidade, apesar de ter deixado de jogar há exatos 20 anos, completados ontem. Mesmo com esse sucesso, Pelé recebeu do líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira (BA), proposta pela retirada do pedido de urgência, que prevê a votação do projeto até o dia 3 de novembro. Vieira sugeriu ao ministro que o projeto seja discutido em até 40 sessões da comissão especial que será criada na Câmara. Isso porque o projeto envolve "questões polêmicas", como a transformação dos clubes em empresas. A Folha apurou que o líder do PMDB pretende escolher para a presidência da comissão o deputado capixaba Roberto Valadão, "neutro" em termos do esporte. O PMDB é o único partido que não indicou seus representantes para a comissão -há 6 vagas e 46 deputados querendo entrar. Vieira só deve fazer a indicação no dia 7, pois amanhã acaba o prazo para os deputados que buscam a reeleição mudarem de partido. Autógrafos Por onde ia no Congresso, Pelé arrastava um batalhão de repórteres e fãs. Cumprimentava deputados que não conhecia e distribuía autógrafos para admiradores de todas as idades. "Fico feliz em saber que, mesmo ausente do futebol há 20 anos, as crianças me cumprimentam como se eu tivesse feito ontem o último gol do Santos", disse ele. Os deputados lotaram as audiências com Pelé, alguns para tirar fotos ao lado dele. Na audiência com o líder do PTB, Paulo Heslander (MG), os anfitriões fizeram questão de recebê-lo ao lado da bandeira do partido. "Temos que lutar contra os que não querem a moralização do futebol", disse o ministro, referindo-se ao lobby armado pela CBF contra o projeto. Colaboraram Luíza Damé, da Sucursal de Brasília, e Marcelo Damato, da Reportagem Local Texto Anterior: Pelé chama críticos de 'sem caráter' Próximo Texto: Uma 'macaca' dos sonhos e o sonho dos japs Índice |
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