São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997 |
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Clinton quer fiscalizar frutas e vegetais importados pelos EUA
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
A proposta prevê a contratação de fiscais para regular o sistema de produção dos exportadores para garantir que eles usem procedimentos semelhantes aos dos EUA. Os países que se recusarem a aceitar essa inspeção não mais terão produtos aceitos pelos EUA. A nova legislação terá pequeno efeito sobre o Brasil e, provavelmente, positivo, segundo avaliações iniciais de diplomatas porque barreiras atuais poderão cair. O Brasil exportou US$ 7,4 milhões em frutas e legumes em 1996. Os produtos mais frequentes têm casca (manga, melão) e serão menos afetados pela nova legislação. Os EUA importam 38% das frutas que consomem e 12% dos vegetais. Cerca de 5% das doenças provocadas por esses produtos tiveram origem em itens importados. A intoxicação de 1.400 pessoas que haviam consumido frutas da Guatemala e a descoberta da bactéria "E. coli" em morangos do México que seriam servidos em merendas escolares chamaram a atenção política para o risco potencial da importação de comida. Segundo a exposição de motivos de Clinton, só 2% dos alimentos importados passam por inspeção das autoridades norte-americanas. Líderes da produção agrícola no México e importadores dos EUA criticaram a proposta que, segundo eles, vai entravar o livre comércio no continente americano. "Não podemos nos tornar a polícia da comida do mundo", disse John Aguirre, da Associação de Frutas e Vegetais dos EUA. (CELS) Texto Anterior: EUA reforçam vigilância sanitária Próximo Texto: A modernização da construção civil Índice |
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