São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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País é um aliado 'íntimo' dos EUA

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

A decisão de dar à Argentina o status de "aliado militar íntimo" dos EUA provocou problemas para as relações de Washington com outros países da América do Sul.
O Chile, que tem desavenças de fronteira com a Argentina, ficou tão irritado que ameaça não comprar mais aviões F-16 que tinha encomendado aos EUA. Foi por causa deles que os EUA suspenderam o embargo de venda de armas modernas à América Latina.
No Brasil, o caso também rendeu dores de cabeça para os EUA. O ex-presidente José Sarney acusou Washington de tentar dividir o Mercosul e sua declaração repercutiu no Departamento de Estado.
A Folha apurou que a decisão foi tomada sem que a diplomacia norte-americana tivesse elaborado o assunto e se deveu mais à confusão da administração Clinton do que a uma estratégia política.
Desde agosto, quando o anúncio foi feito, diplomatas dos EUA têm se esforçado em explicar ao Chile e ao Brasil que o status é simbólico. O Brasil tentou minimizar o episódio dizendo que nunca teve interesse em obter o mesmo título por achá-lo desimportante.
(CELS)

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