São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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EUA e França elevam tom de guerra verbal sobre o Irã

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Diplomatas norte-americanos e europeus continuavam a negociar ontem em Washington fórmulas para evitar um confronto comercial entre EUA e Europa por causa do negócio de US$ 2 bilhões da empresa francesa Total com o Irã.
O tom das autoridades de França e EUA, no entanto, permaneceu belicoso. "Nenhum governo responsável pode achar que sanções comerciais sejam úteis", afirmou o ministro das Relações Exteriores da França, Hubert Védrine.
"O que a França está fazendo é errado, pondo dinheiro num sistema terrorista", disse a secretária de Estado, Madeleine Albright.
Líderes da oposição no Congresso insistiram ontem com o governo Clinton para que ele cumpra a Lei de Sanções Contra a Líbia e o Irã, sancionada no ano passado, que prevê punições para empresas estrangeiras que invistam mais de US$ 20 milhões em energia dos dois países.
Védrine diz que esse tipo de sanções não é endossado pelo "único organismo capacitado para impô-la", o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), e que a França respeita o embargo de armas contra o Irã.
A posição dos europeus é que esse tipo de leis não tem amparo no direito internacional. No caso de Cuba, Clinton tem adiado a entrada em vigor dos artigos da lei que impõem punições mais duras.
A fórmula que os diplomatas norte-americanos EUA estudam com prioridade é que a lei seja suspensa se os países europeus se comprometerem em aumentar seus esforços para que o governo do Irã deixe de financiar o terrorismo internacional e abandone supostos planos de comprar armas atômicas.
(CELS)

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