São Paulo, sábado, 4 de outubro de 1997 |
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Garotos furam segurança em busca de uma mula
MÁRIO MOREIRA
Montados em Sereninho e Asa Branca, dois cavalos pangarés com que faturam alguns trocados levando crianças para passear nos fins-de-semana, Alexandre Carvalho da Conceição, 12, e Rafael Oliveira Fernandes, 15, surgiram repentinamente, às 11h20, em meio às dezenas de soldados do Exército que vigiavam a frente da casa. Os dois chegaram ao local -privilégio, teoricamente, dos jornalistas, que passam por barreiras policiais onde exibem suas credenciais e são revistados com detectores de metal- por uma trilha na mata entre os dois morros. O coronel Eduardo Luiz, que chefiava o policiamento na entrada da casa, consentiu na permanência dos garotos até a volta do papa do Palácio das Laranjeiras, na zona sul do Rio. Às 12h07, quando João Paulo 2º retornou, os dois já eram mantidos a mais de 50 metros do portão. "Não deu nem para ver o papa", lamentou Alexandre. Os garotos pretendiam continuar sua busca mais tarde. Num barranco ali perto, eles identificaram um rastro de Juliana. Órfãos Também durante a manhã de ontem, na subida para o Palácio das Laranjeiras, um grupo de 15 meninos órfãos do Educandário Romão Duarte esperou a passagem do papa para tentar receber uma bênção especial. Todos os garotos vestiam camisas doadas por clubes de futebol e lembravam um time dente-de-leite. Alguns usavam chinelos de dedo e outros estavam descalços. Texto Anterior: Papa vê exagero em esquema de segurança e Exército muda tática Próximo Texto: PF barra presentes do papa a bispos; Convidados ganham lembranças papais; Estudante chora por não ver o papa; Índice |
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