São Paulo, sábado, 4 de outubro de 1997 |
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FHC e Clinton discutirão Conselho da ONU
ISABEL VERSIANI
Politicamente, o governo brasileiro quer mostrar, durante a visita de Clinton, que acabou o tempo das relações definidas por uma discussão "monotemática". Exemplo: o assunto energia nuclear, que, nos anos 70 (governo Geisel), dominou por muito tempo a relação entre os dois países. Contra a vontade norte-americana, o Brasil começou a executar um programa de produção de energia nuclear desenvolvido em aliança com a Alemanha. Agora, a pauta dos assuntos levantados pelo Itamaraty como objeto da agenda bilateral inclui temas tão variados quanto a crise em Angola, os problemas de fronteira entre o Peru e o Equador e o meio ambiente. Educação Também estão entre os temas da visita a cooperação educacional, científica e técnica e a situação atual da OEA (Organização dos Estados Americanos). Também está prevista a assinatura de um acordo de assistência judicial e de um outro sobre energia nuclear, além de um memorando de entendimento para a cooperação na área de reforma do Estado. O governo brasileiro considera os Estados Unidos um bom exemplo a ser seguido na área de administração pública, devido ao tamanho de sua máquina estatal. Nave espacial A Agência Espacial Brasileira está finalizando, ainda, entendimentos com a Nasa (a agência espacial norte-americana) para assinar um outro acordo na área espacial, prevendo a sua participação em um projeto de construção de uma nave espacial tripulada, orçada em US$ 60 bilhões. O Itamaraty não confirma, entretanto, se o acordo será fechado durante a visita. As principais negociações entre as duas delegações vão se dar no dia 14, quando os presidentes terão um encontro de trabalho no Planalto. Na ocasião, o governo brasileiro também discutirá a sobretaxação imposta pelos EUA aos produtos siderúrgicos, suco de laranja e café solúvel, entre outros. Texto Anterior: Política empolga bispos e cardeais; Trujillo questiona os "legisladores"; FHC leva "amigos" para ver o papa Próximo Texto: Comitiva terá 800 pessoas Índice |
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