São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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Mantegna pinta dúvida de santo

DA REPORTAGEM LOCAL

"São Jerônimo no Deserto" é um dos ícones do Renascimento, seja por seu valor artístico, seja pelo valor do discurso simbólico que apresenta.
Essa têmpera sobre madeira é uma das obras-primas de Andrea Mantegna (1431-1506), que tinha menos de 20 anos quando realizou o trabalho.
A tela representa um dos mais prezados santos entre os renascentistas, São Jerônimo, um filósofo e humanista que tentava harmonizar as culturas romana (representada na obra pelo livro na mão esquerda) e cristã (representada pelo rosário da mão direita).
Mesmo em sua penitência no deserto, o santo não abandona suas características intelectuais. Aparece meditando em uma caverna em que as pedras funcionam como uma mesa de trabalho. Lembre-se que o santo era um estudioso da cultura antiga e chegou a traduzir a "Bíblia".
Mantegna levou ainda a extremos os ganhos do Renascimento, ao tentar compor no segundo plano uma perspectiva infinita.

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