São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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casamentos de novela

LAVÍNIA FÁVERO

Para os menos convencionais, que não querem nem deixar a data do casamento passar em branco nem parecer caretas, "fugir" da igreja é uma boa alternativa. Como Solano, personagem de Alexandre Borges na novela "Zazá", que resolveu casar na praia em que conheceu sua mulher, você pode escolher um lugar mais significativo para comemorar o início da vida a dois.
A farmacêutica Lucy Caramori, 32, casou na gruta de um sítio, "Quis fugir da 'máfia' das igrejas, que não deixam você escolher direito sua decoração. Além disso, no sítio saiu muito mais barato", conta.
A coordenadora de marketing da Forum, Tânia Otranto Galvão Bueno, 34, escolheu a praia do Jaca, em Angre dos Reis, por razões mais românticas: "Eu e o meu marido adoramos o mar".
Antes de Tereza Seiblitz viver Dara na novela "Explode Coração" e popularizar os costumes ciganos, a comerciante Diana Maria Junqueira Rinaldi casou à maneira dos povos nômades da Europa Central, numa tenda montada em um bosque.
"A cerimônia religiosa foi realizada por um ex-padre, mas de acordo com os costumes ciganos. Até furamos o dedo para juntar o sangue", conta.
Para quem faz questão do religioso, um aviso: a arquidiocese de São Paulo não permite que sejam realizados casamentos fora da Igreja. "O sacramento é um ato de fé, por isso é realizado dentro da igreja. É até uma falta de respeito querer que isso seja feito em qualquer lugar", explica o padre Fernando Altemeyer, vigário da Cúria Metropolitana.
Lucy resolveu o problema contratando um da Igreja Católica Brasileira, mais tolerante. "O valor espiritual da cerimônia feita por nós é o mesmo que o da realizada na Igreja Católica Apostólica Romana", diz o padre César Souza. Para oficiar um casamento fora da igreja, paga-se R$ 400 (o preço normal é de R$ 300).
Tânia casou-se oficialmente um dia antes da festa, numa capela também em Angra. Na beira da praia o padre apenas benzeu as alianças do casal.
Na comunidade judaica não há esse problema: "a união é sagrada porque a congregação está reunida para celebrá-la, por isso não há mal em casar fora da sinagoga", diz o rabino Henry Sobel, presidente do rabinato da Congregação Israelita Paulista.

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