São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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Feiras e bazares são as opções

FREE-LANCE PARA A FOLHA

Artistas plásticos que optaram por um caminho diferente do escolhido pelos pintores têm mais dificuldades para encontrar formas de divulgar suas obras.
O número reduzido de feiras de arte e o vaivém nas lojas que aceitam peças em consignação são as principais reclamações dos que precisam correr atrás dos clientes.
Rita Selke, 38, trabalha com pinturas em madeira por metro linear -cria padrões especiais para móveis, batentes etc.- e ganha R$ 1.200 por mês, em média.
"Eu cheguei a participar do Mercado Mundo Mix expondo gamelas e "sous-plat" (prato que serve como base do prato com a refeição), mas o desgaste era muito grande para pouco retorno."
Segundo ela, as peças que cria são muito elaboradas e tomam tempo. "Não dá para concorrer com produtos industrializados."
A ceramista Irene Saur, 47, faz coro. Para ela, o tempo gasto para construir uma peça tem de ser remunerado. Mesmo com todo o trabalho da criação das peças, ela afirma lucrar R$ 1.000 por mês.
"Eu idealizo, modelo, queimo no forno, pinto as peças e faço até o esmalte. Quando fica pronto, muito de mim está naquela arte."
Para Irene, o problema está na comercialização. "Sair oferecendo o produto não combina comigo. Prefiro as feiras e bazares."
O mercado de feiras e bazares serve de apoio para quem não tem acesso às galerias de arte. Magali Bianchi Neves, 35, que modela jóias em prata, diz alcançar um ótimo retorno financeiro nas feiras.
Os bazares completam a renda mensal de até R$ 3.000 mensais.

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