São Paulo, segunda-feira, 6 de outubro de 1997
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Mães relatam suas dúvidas

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

É melhor conversar sobre sexualidade em casa do que deixar que os filhos aprendam na rua ou com amigos. É o que pensa a dona-de-casa Carmem Helena Nagri, 29, mãe de Amanda, 6, que na semana passada participou de palestra sobre sexualidade na infância numa das escolas de Bauru.
"Nós, como pais, somos privilegiados para dar essas informações", disse a psicóloga Eliane Sabas, que falou para 20 mães.
Maria Claudinei Pegoraro Amendola relata que, quando esteve grávida, contou ao filho pequeno que o irmãozinho ia nascer de "um comprimidinho" que cresceria até virar um bebê,
Depois da aula, Maria disse que trataria o assunto de outra forma e que se sentia melhor preparada para abordar a questão.
Inibição
A balconista Georgete Santos disse que se sentia mais à vontade. "A gente ficou muito tempo sem informação e não é de uma hora para outra que vamos acabar com a inibição."
Uma das mães relatou que a filha, adotiva e com 6 anos, tinha nascido de um estupro sofrido pela cunhada, doente mental.
A psicóloga Jaqueline Rodrigues Mendes disse que a menina poderia receber todas as informações, mas sugeriu que o caso tivesse um acompanhamento detalhado.
"A mãe agiu certo quando disse à menina que ela era sua filha do coração e não biológica. Foi um bom começo", disse.
(WO)

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