São Paulo, segunda-feira, 6 de outubro de 1997
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GIA pode ter veteranos do Afeganistão

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Antigos voluntários islâmicos de origem líbia, marroquina e tunisiana que haviam lutado no Afeganistão passaram a integrar o Grupo Islâmico Armado (GIA), da Argélia, afirmaram ontem militares argelinos à imprensa local.
O Exército da Argélia encontrou documentos que indicam a presença desses voluntários, todos eles veteranos da guerrilha afegã contra a ocupação soviética, entre os anos 70 e 80. Os documentos foram achados durante operação em Uled Allel, 10 km ao sul de Argel (capital).
Militares argelinos concederam uma entrevista coletiva ontem para explicar a operação em Uled Allel. A entrevista foi considerada uma resposta à versão de que haveria uma suposta cumplicidade do Exército argelino com algumas mortes de civis ocorridas recentemente no país.
Tropas do Exército estão desocupando Uled Allel, que foi abandonada pelos cerca de 8.000 habitantes depois de ter sido alvo atentados de comandos do GIA instalados no local.
A operação em Uled Allel foi iniciada há 12 dias, após a morte na região de ao menos 85 pessoas, segundo registros oficiais, e entre 200 e 300 pessoas, segundo outras fontes. Pelo menos 16 terroristas foram mortos durante a operação. O Exército encontrou ainda documentos internos da organização e resgatou mulheres que haviam sido sequestradas.
Teriam sido encontrados panfletos do GIA no qual o grupo afirma que deve matar os argelinos "porque são um povo hipócrita".

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