São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997
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Exército fará campanha para jovens e população ribeirinha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Campanha conjunta de prevenção à Aids realizada pelos ministérios da Saúde e do Exército vai afetar diretamente 800 mil conscritos (jovens que se alistam no serviço militar anualmente), 70 mil recrutas e 140 mil militares de carreira, além das populações ribeirinhas da região Norte, povos indígenas e moradores das fronteiras.
Entre os 600 mil ativos, inativos, pensionistas, aposentados e familiares do Exército, há 483 pessoas com o HIV, vírus causador da Aids. Na Marinha, são 527 casos e na Aeronáutica, 127.
Para os jovens de 18 anos que se alistam, são distribuídos preservativos, folhetos e um jornal explicativo sobre Aids e suas formas de transmissão.
Os recrutas do Exército receberão durante um ano quatro preservativos por semana, totalizando 14,5 milhões de camisinhas.
Os integrantes do Exército terão orientação sobre a doença por meio de 150 militares que estão sendo capacitados para serem "agentes multiplicadores de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis e Aids".
Após receberem as informações, a expectativa é que eles as repassem, atingindo ao todo 9.000 militares. Outros 25 profissionais que trabalham ligados à área de educação receberão treinamento para atingir com mensagens de prevenção 1.500 alunos de escolas de formação de militares.
"É importante esse trabalho com o Exército porque eles atuam em áreas em que, muitas vezes, seus serviços de saúde são os únicos disponíveis à população", disse Pedro Chequer, coordenador nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids.
Três oficinas de trabalho na Amazônia Legal deverão definir estratégias para atingir as populações de áreas de fronteira do país e as ribeirinhas em relação à prevenção e à assistência aos doentes.

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