São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997
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Casos confirmados chegam a 14 neste ano

DA REDAÇÃO

O sequestro de Natalie Gutglass foi o 12º caso registrado em São Paulo neste ano -o Estado já teve pelo menos 14 sequestros em 1997 (dois depois do dela). Desses, a polícia afirma ter esclarecido oito.
Na maioria dos casos que vieram a público os sequestradores agiram de forma amadora.
O caso mais recente foi o de Ives Ota, 8, sequestrado na Vila Carrão (zona sudeste de São Paulo) dia 29 de setembro e morto poucas horas depois com dois tiros no rosto.
Os PMs Paulo de Tarso Dantas e Sergio Eduardo Pereira de Souza -que trabalhavam nas horas vagas como segurança nas lojas de Massataka Ota, pai do menino- foram denunciados pelo Ministério Público por sequestro seguido de morte e ocultação de cadáver. O motoboy Adelino Donizete Esteves também foi indiciado no caso.
Mesmo depois de assassinar o garoto, os sequestradores negociaram com Massataka Ota um resgate de US$ 800 mil.
Mais sorte teve o comerciante Roberto de Lima Santana, sequestrado dia 14 de março e resgatado pela polícia dia 19. O cativeiro era uma casa em construção em Água Santa (zona norte de São Paulo).
Durante o resgate, dois dos cinco sequestradores morreram baleados. Entre os acusados estava o estudante de direito Antônio Marcos da Costa, 25, preso em flagrante. Costa afirmou, na época, que não estava envolvido com o sequestro.
O resgate, de R$ 200 mil, não chegou a ser pago. Os acusados disseram que pretendiam apenas roubar o carro de Santana, mas decidiram levá-lo quando souberam que ele era um comerciante.
Uma menina de 4 meses foi vítima de sequestro de 19 horas em 6 de fevereiro. Sylvia Carolina Rozatto foi levada depois que dois homens tentaram assaltar a casa de seu pai, o empresário da construção civil Darcy Sílvio Rozatto.
Como não havia dinheiro, eles levaram a menina. Os sequestradores exigiam R$ 100 mil, mas aceitaram R$ 6.000 depois das negociações. Na entrega do dinheiro, houve tiroteio entre os sequestradores e a polícia. Silvani Pinheiro Ribeiro foi preso depois de ser alvejado.
Dois sequestradores fugiram com a menina, mas a abandonaram na estrada de Itapecerica da Serra (zona sul de São Paulo).

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