São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997 |
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Expectativa é de Natal sem euforia Maioria não vai contratar FÁTIMA FERNANDES
Para 68% das empresas ouvidas, em setembro, as vendas neste Natal devem ser iguais ou maiores do que as de igual período de 1996. Apesar de as empresas estarem mais otimistas do que pessimistas, a pesquisa da Boucinhas & Campos mostra que boa parte das empresas não fará contratação para o final do ano, como ocorre tradicionalmente nesta época. Apesar de ser importante a parcela de empresas que acredita numa venda igual ou maior do que a de 1996, os pedidos do comércio para o Natal estão em ritmo lento. Pela pesquisa da Boucinhas & Campos, 45% das empresas do setor industrial que foram ouvidas ainda não sentiram movimento de encomendas para o Natal. Ainda segundo essas empresas, está havendo pressão para a redução dos preços nas negociações com o varejo. E mais: o comércio está solicitando mais prazo de pagamento e a possibilidade de receber mercadoria em consignação. "Isso mostra que ainda há estoque nas lojas", diz Alberto von Ellenrieder, sócio-diretor da Boucinhas & Campos. Para ele, a pesquisa mostra otimismo dos empresários, mas não euforia. Desânimo Mônica Hage, economista da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FCESP), diz que, pelo levantamento da federação, os lojistas estão, sim, desanimados com o Natal. "As encomendas estão paradas por causa da inadimplência, do desemprego e dos baixos percentuais de reajustes salariais." Para a FCESP, o faturamento do comércio da região metropolitana de São Paulo deve cair 15% neste mês na comparação com igual período de 1996. Na venda física, a queda prevista é de 12%. Para Mônica, mesmo que as lojas de brinquedos consigam vender muito bem neste mês, não haverá grande impacto no comércio em geral. "Será uma venda muito localizada." A federação também não está nada otimista quanto às perspectivas de vendas para dezembro. Estima que, em dezembro, o comércio deve faturar 8% a menos do que em igual período do ano passado. A venda em unidades deve cair 4%. Texto Anterior: Títulos cambiais superam 15% da dívida Próximo Texto: STF julgará de novo abertura no domingo Índice |
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