São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997
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Brasileiro cria vínculo com estaduais

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A partir de agora, as equipes que desejarem disputar o Campeonato Brasileiro precisarão, obrigatoriamente, fazer uma boa campanha nos campeonatos em seus Estados.
O anúncio foi feito ontem, no Rio de Janeiro, pelo presidente da CBB (Confederação Brasileira de Basquete), Gerasime Bozikis, o Grego, 54, durante lançamento do Brasileiro-98, o primeiro em sua gestão (assumiu em junho, substituindo Renato Brito Cunha).
"Desse modo, daremos alento para os campeonatos regionais", afirmou Grego.
Nos últimos anos, houve vários critérios para a escolha das equipes que jogaram o principal campeonato de basquete do país -convites eram o mais comum.
Para o campeonato de 98, as últimas equipes ao término da fase classificatória em 97 tiveram que disputar jogos com equipes procedentes da Liga B (espécie de segunda divisão) para defender suas vagas na elite do basquete.
Obtiveram vagas Palmeiras (SP), Minas Tênis Clube (MG) e Tijuca (RJ), que venceram, respectivamente, em playoffs (mata-mata) de cinco jogos, Pinheiros (SP), Blumenau (SC) e Ginástico (MG).
Efeito imediato
A importância dos estaduais, na verdade, começa agora. Fora as três equipes citadas, já com vaga assegurada, todas as outras serão definidas de acordo com sua classificação nos campeonatos de seus Estados, que vão até o fim do ano.
São 11 vagas -a CBB abriu duas novas para 98-, assim distribuídas: seis para São Paulo (13 equipes disputam), duas para o Rio de Janeiro (7 equipes), uma para o Rio Grande do Sul (9 equipes), uma para Santa Catarina (5 equipes) e uma para o Paraná (4 equipes).
Aos demais Estados não foram abertas vagas, devido à inexistência de campeonatos estaduais. Os times, por enquanto, limitam-se a jogar copas regionais.
O número de vagas causou revolta ao técnico Miguel Ângelo da Luz, ex-seleção brasileira feminina (prata na Olimpíada de 96) e que hoje dirige o Fluminense, terceira força do basquete carioca, atrás de Vasco da Gama e Flamengo.
"O Grego falou que o Rio teria a metade dos clubes de São Paulo. A metade de sete é três e meio. Por que decidiu-se três times para o Rio e não quatro?", afirmou ele, após ser informado pela Folha das mudanças no Brasileiro.
"Temos um basquete patrocinado por cinco anos por uma empresa de seguros. Será ruim o patrocinador saber que o clube corre risco de não jogar o Brasileiro. É lamentável", acrescentou ele.
Grego afirmou que o aumento de clubes foi limitado em 14 para que o campeonato não perca qualidade. "Hoje, esse é o número ideal."

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