São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997
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"Hana-bi" abre a 21ª Mostra de Cinema

DA REDAÇÃO

O filme "Hana-bi - Fogos de Artifício", dirigido pelo japonês Takeshi Kitano, abre no dia 16 de outubro a 21ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
O longa, ganhador do Leão de Ouro no Festival de Veneza de 97, conta a história de um detetive dividido entre vingar um amigo nas garras da máfia japonesa e dar conforto à sua própria mulher, que sofre de uma doença terminal.
O evento de abertura da Mostra deste ano (somente para convidados e portadores da permanente) será, como em 96, na Estação Júlio Prestes (praça Júlio Prestes, 148).
A exibição de "Hana-bi" vai ser precedida pelo curta "Zie 37 Stagen", comédia da canadense Sylvain Guy falada em várias línguas (português, francês, inglês, italiano, espanhol e alemão).
A Mostra Internacional de Cinema, que vai de 17 a 31 de outubro, traz um leque variado de opções. A diversidade começa pelos países representados no evento. Há desde produções norte-americanas até filmes vindos de países como Burkina Faso, na África, passando pela Europa e Ásia.
O diretor do evento, o crítico Leon Cakoff, diz que a 21ª edição da Mostra vai trazer países nunca antes representados no festival.
São eles: Síria (com "O Comparsa" e "Cartas Faladas"), Tailândia (com "Fun Bar Karaoke") e Macau (com "A Trança Feiticeira").
Dirigido por Cai Yuan-Yuan, "A Trança Feiticeira", falado em chinês e português, trata, segundo Cakoff, da "impossibilidade de misturar duas culturas".
Mas a diversidade da Mostra se faz presente também na escolha dos diretores representados no evento. Há desde os consagrados Abbas Kiarostami ("Gosto de Cereja"), Robert Altman ("Jazz' 34") e Kryzstof Kieslowski ("A Cicatriz"), até mais desconhecidos, como Idrissa Ouedraogo ("Kini & Adams").
Especiais
Dentro da programação de eventos especiais, uma retrospectiva do japonês Shohei Imamura (diretor de "A Enguia", que dividiu a Palma de Ouro em Cannes com "Gosto de Cereja"), e uma mostra de cinema mudo alemão.
Além disso, os "longuíssimas-metragens" "O Reino 1" e "O Reino 2", do dinamarquês Lars Von Trier ("Ondas do Destino"), com, respectivamente, 240 e 295 minutos de duração.
Ainda dentro da programação de eventos especiais, a "Série Yo-Yo Ma Inspirado por Bach", com seis filmes dirigidos por nomes como Atom Egoyan ("Exótica") e François Girard ("32 Curtas para Glenn Gould"), entre outros.
O júri da Mostra deste ano trará o diretor norte-americano Hal Hartley, o diretor de fotografia brasileiro Afonso Beato, o publicitário Alexandre Gama e a atriz espanhola Rosana Pastor (de "Terra e Liberdade").
Permanentes
Os ingressos para assistir aos filmes da Mostra vão custar R$ 6 e R$ 3. Permanentes podem ser adquiridas por R$ 90 (válidas para todas as sessões) ou por R$ 25 (válidas para as duas primeiras sessões, de segunda a sexta). Assinaturas podem ser feitas no Cinesesc (tel. 011/282-0213). Como nas edições anteriores, o público vai eleger o melhor longa, melhor curta e melhor documentário do festival.

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