São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997
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Gates, Jobs e Oracle disputam atenções no Moscone

FREE-LANCE PARA A FOLHA, DE SAN FRANCISCO

As grandes figuras do evento foram os presidentes da Microsoft, Bill Gates, e da Apple, Steve Jobs. Falando em dias diferentes, eles duelaram pela atenção e confiança do público. Correndo por fora, com muitos lançamentos, a Oracle também disputou no Moscone.
Na quinta-feira, a platéia riu quando Jobs pediu: "Acreditem em mim por alguns meses".
Em seguida, mostrou o novo comercial da empresa, primeiro passo da campanha publicitária batizada de "Pense diferente".
"Malucos, deslocados, problemáticos", diz a voz sobre as imagens de Pablo Picasso, Albert Einstein e Thomas Edison, entre outros. "As pessoas pensaram que eles eram loucos, mas eles mudaram o mundo."
Como um pregador religioso disposto a doutrinar a massa, Jobs anunciou ainda o lançamento de computadores Apple de baixo custo, sem especificar quando.
O pequeno computador eMate, atualmente vendido com exclusividade para escolas por US$ 700, será a saída da empresa para tentar recuperar o mercado perdido para os micros tipo IBM PC.
"Escutem", encerrou ele. "Nós vamos chutar traseiros."
Ver para crer
O vice-presidente de desenvolvimento do Seybold, Craig Cline, resumiu com humor o impacto da fala de Jobs. "É como reencontrar a namorada que lhe deu o fora no passado", disse. "Você quer acreditar, mas está mais velho e sensato e prefere ver para crer."
Um dia antes, falando para o mesmo público de designers gráficos e construtores de sites que aprenderam sua arte em computadores Macintosh, da Apple, Bill Gates foi diplomático.
"Recentemente, conquistamos o sonho de trabalhar em conjunto com a Apple", disse ele.
Em seguida, Gates passou a exaltar as vantagens de usar o novo "Explorer 4.0" para construir home pages na Internet.
Chamou ainda a atenção para a criação do novo protocolo XML. "É realmente um grande passo", afirmou. "Une publicações impressas e Internet em apresentações interessantes."
A Adobe também investiu em palestras sobre seus produtos e parceiros comerciais.
Mas seu grande trunfo é o "PageMaker 6.5", que passa a ser vendido em dezembro. O programa manipula sem problemas qualquer documento em formato portátil, ou PDF, criado em outros programas.
"É uma demanda do meio, que está interessado em reutilizar na Internet documentos criados para impressão e vice-versa", diz Carolyn Baillie, gerente de marketing do "PageMaker".
Ainda de olho na Internet, a Adobe anunciou que seus plug-ins (aditivos) para comércio eletrônico passarão a estar disponíveis no endereço da empresa (www.adobe.com). A idéia é facilitar o trabalho de pequenas empresas que dependem dos programas para vender seus produtos.

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