São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997
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Débora chora e pede para voltar ao MST

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

Ex-motorista de ônibus, integrante do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e capa da "Playboy" deste mês, Débora Cristina de Moura Rodrigues, 29, teve crise de choro ontem durante entrevista em que criticou seu afastamento da entidade.
"Tenho certeza de que o MST, como movimento sério que é, vai rever sua posição", disse Débora.
Anteontem, a entidade anunciou que a modelo não pode usar seus símbolos (a camiseta e o boné) nem falar em nome do movimento. Gilmar Mauro, da direção da entidade, argumentou que mulheres sem terra estariam sendo alvo de gozações por causa das fotos.
"Eu já não falava pelo MST. Quanto aos bonés, alguns eu ganhei e outros eu comprei, tenho direito de usar", disse Débora.
Ao ser questionada sobre por que chorava ontem, Débora respondeu: "Eu posei para conseguir dinheiro para que meus filhos pudessem viver comigo. Não podia imaginar que alguma companheira fosse ser humilhada por isso".
Mesmo discordando da decisão, Débora disse que não vai criticar o MST: "Se eu estou aqui, devo a eles". Ontem, ela enviou uma carta ao MST solicitando que fosse tirada da fila dos sem-terra que aguardam um terreno.

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