São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997
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O DIA DO MINISTRO EM BRASÍLIA

DO ENVIADO A BRASÍLIA

As negociações em torno do projeto de lei Pelé movimentaram Brasília ontem. O ministro dos Esportes, Pelé, reuniu-se com a bancada de oposição no Congresso, com o presidente e o relator da comissão que analisa o projeto e depois almoçou com líderes políticos do Congresso.
Pelé chegou ao gabinete da liderança do PT, no final da manhã, usando um discurso nacionalista e desafiando seus opositores. "O projeto é a favor do Brasil. Agora, quem for contra terá que mostrar a sua cara."
No final do encontro, quem mostrou a cara -para fotos ao lado do "rei do futebol"- foram os deputados Ricardo Gomyde (PC do B-PR) e Jair Meneguelli (PT-SP).
Como o encontro se alongou, Pelé chegou atrasado para o segundo compromisso, com Germano Rigotto (PMDB-RS), presidente da comissão, e Tony Gel (PFL-PE), relator.
Desse encontro, saiu para um almoço com dois poderosos deputados do PFL, Luís Eduardo Magalhães (BA), líder do governo na Câmara, e Inocêncio Oliveira (PE), líder do partido.
Ao chegar, às 15h20, encontrou só o segundo. Mais de uma hora antes, Magalhães havia deixado o restaurante, irritado por esperar por 15 minutos em vão.
Ao sair do restaurante, o deputado chegou a dizer que vai transformar o clube de sua propriedade, o Serrano, de Serra Talhada, "numa "microempresa", assim que a lei for aprovada.
A discussão do projeto terminou na Câmara com a instalação da comissão sobre o assunto. A maior parte do tempo foi tomada na discussão de quem deve ser convidado para falar.
A lista de sugestões do deputado Tony Gel mostrou que ele conhece mais o futebol do que outros esportes. Enquanto nesse particular, citou nomes de atletas, dirigentes, juízes e técnicos, nos demais os nomes ficaram restritos a atletas famosos, em atividade ou aposentados.
O deputado Marco Abi Chedid (PSD-SP) propôs o convite à jogadora de basquete Paula com o seguinte argumento: "Se a Hortência vai, a Paula não pode ficar de fora". Ele pediu ainda o convite ao técnico Carlos Alberto Parreira, que trabalha nos EUA.
Foram definidos apenas os depoimentos de Pelé, como autor do projeto, e dos deputados Eurico Miranda (PPB-RJ) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), que têm projeto sobre o passe em tramitação.

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