São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997
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Bolívia concentra festas para Guevara

DA REDAÇÃO; DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Redação
Nem a Argentina, onde nasceu. Nem Cuba, onde foi um dos líderes da revolução comunista que mudou o destino da ilha na década de 50. As celebrações pelos 30 anos da morte de Ernesto Che Guevara se concentram no local onde o guerrilheiro perdeu sua última batalha -a Bolívia.
As comemorações ocorrem principalmente em Vallegrande, sudeste do país. A cidade de 5.000 habitantes, onde Che foi capturado, em 8 de outubro de 1967, e morto em seguida, recebe cerca de mil visitantes.
Entre eles estão uma delegação de 12 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Brasil, e Danielle Mitterand, viúva de François Mitterand, presidente da França morto em 1996.
Segundo Gilmar Mauro, da direção do MST, a viagem à Bolívia "é uma atividade para se lembrar os 30 anos da imortalidade de Che".
Além de poder comprar suvenires que trazem a figura de Guevara, os visitantes de Vallegrande podem ir até a cova de onde foram desenterrados em julho deste ano os restos mortais do guerrilheiro.
O espírito saudosista da região contrasta com os protestos do governo boliviano. O presidente Hugo Banzer prometeu ir a desfile pela vitória do Exército contra a guerrilha.
Na Argentina, onde nasceu o guerrilheiro, em 1928, também ocorrem celebrações. A revista "América Libre", dirigida pelo teólogo brasileiro frei Betto, prometeu um show em Buenos Aires com a presença do brasileiro Chico Buarque.

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