Folha de S.Paulo - Cerco ao trator; Desejo presidencial; Agente infiltrado; Passando recibo; Trapalhão do cerrado; Bravata pefelista; Bola esvaziada; Lua-de-mel capixaba; Só mudou por isso; Migalhas e muito choro; Veto armado; Quando votarão?; Muito barulho por nada; Troco peemedebista; Jogo de dois; Calo nos dedos

São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997

Cerco ao trator; Desejo presidencial; Agente infiltrado; Passando recibo; Trapalhão do cerrado; Bravata pefelista; Bola esvaziada; Lua-de-mel capixaba; Só mudou por isso; Migalhas e muito choro; Veto armado; Quando votarão?; Muito barulho por nada; Troco peemedebista; Jogo de dois; Calo nos dedos

Cerco ao trator
Ao propor ao PMDB participação paritária com o PSDB e o PFL em seu comando de campanha em 98, FHC revela a receita que deve usar para reduzir a influência de Serjão, que foi o homem-forte da eleição de 94.

Desejo presidencial
A fórmula em desenho para o comando da campanha reeleitoral de FHC prevê a inclusão de Eduardo Jorge pelo PSDB. Serjão dividiria poder com um desafeto e entraria nessa cota. O PFL e o PMDB teriam dois nomes cada.

Agente infiltrado
Os pais da indicação de José Leite Pereira Filho para a Anatel são Eduardo Jorge (Secretaria Geral) e Clóvis Carvalho (Casa Civil). Serjão (Comunicações) não gostou, apesar de ter emplacado 4 dos 5 diretores do órgão.

Passando recibo
Preterido nas indicações para a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Jorge Bornhausen mostrou a insatisfação. Em telegrama a Serjão, disse "estranhar" o veto ao PFL.

Trapalhão do cerrado
Piada de jornalistas convocados por Padilha (Transportes) para duas coletivas sobre a "operação tapa-buracos": "Didi e Dedé vão convidar o ministro para trabalhar com eles. Um dia Padilha faz a trapalhada e no outro tenta consertar".

Bravata pefelista
De Henrique Alves (PMDB), sobre Inocêncio (PFL) romper acordo para dividir presidência e relatoria de comissões da Câmara: "Se é tão poderoso para isso, seja também para aprovar sozinho a reforma administrativa".

Bola esvaziada
Apesar de ter o menor orçamento do ministério (R$ 120 mi), a pasta de Pelé (Esportes) foi a que recebeu a menor parcela do que era previsto: 27,7% até setembro. Na média, o governo executou 44,8% do Orçamento.

Lua-de-mel capixaba
O governador Vitor Buaiz (PV) diz que a relação com o PT mudou após sua saída do partido: "Pararam de fazer barulho contra. Era só luta interna".

Só mudou por isso
O Planalto teve que ameaçar tirar de Pinheiro Landim a diretoria de operações do DNER para que ele melhorasse, do ponto de vista do consumidor, seu relatório sobre planos de saúde. Ele fez a indicação com Aníbal Gomes, seu colega no PMDB cearense.

Migalhas e muito choro
Dos US$ 250 mi que o G-7 está dando ao projeto-piloto de proteção da Amazônia, a Alemanha banca mais de US$ 150 mi. Os EUA só deram US$ 7 mi. No Brasil, Clinton anunciará mais US$ 10 mi. Tio Sam é quem mais reclama e quem menos contribui.

Veto armado
Os ministros militares avisaram a FHC que não aceitam o fim de sua aposentadoria especial, votada anteontem pelo Senado. É mais um complicador para a tramitação da reforma da Previdência, que volta à Câmara.

Quando votarão?
Com a decisão de anteontem da CCJ, cinco casos de arlamentares acusados de corrupção precisam ser apreciados pelo plenário da Câmara: Pedrinho Abrão, duas vezes Chicão Brígido, Zila Bezerra e Osmir Lima.

Muito barulho por nada
Para acabar com uma polêmica estéril, o Itamaraty trabalha para que o presidente Bill Clinton dê uma declaração elogiando a democracia brasileira.

Troco peemedebista
O fim da aposentadoria especial dos militares foi o troco dos senadores que se sentiam traídos pela mudança de atitude de ACM no caso dos juízes. Jader Barbalho, que orientou a votação, virou o herói dos colegas.

Jogo de dois
Se Lula decidir que não disputa a Presidência em 98, a cúpula do PT já considera Tarso Genro o substituto. As alternativas Cristovam Buarque e Eduardo Suplicy não são levadas a sério.

Calo nos dedos
Ricardo Teixeira (CBF) ligou 12 vezes para Inocêncio. Nenhuma chamada foi atendida. O líder do PFL diz não querer ouvir lobby contra a Lei Pelé.

TIROTEIO
De Arlindo Chinaglia (PT), sobre documento da embaixada dos EUA dizer que a corrupção é "ainda endêmica" no Brasil:
- Os EUA falam sobre corrupção de cátedra. Afinal, o governo americano intermediou junto ao Planalto o contrato do Sivam para a empresa Raytheon, uma negociata de R$ 1,5 bi.

Próximo Texto: Apertem os cintos
Índice

Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.