São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997 |
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Especialistas são contrários Especialistas são contrários ANDRÉ LOZANO
"Não sou contrário à iniciativa de parceria com o setor privado, mas não concordo com o fato de o projeto envolver as crianças como agentes publicitárias das empresas interessadas em fornecer os uniformes", afirmou o educador Mario Sergio Cortella, ex-secretário da Educação na administração Luiza Erundina. "Acho que as logomarcas não deveriam vir estampadas nos uniformes. O Estado não precisaria apelar para isso. Não precisaria transformar o aluno em outdoor-mirim. Poderia fazer a propaganda das empresas na televisão, por exemplo", disse Cortella. Para o professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) Afrânio Mendes Catani, as logomarcas não deveriam ficar expostas nos alunos. "As empresas deveriam receber algum benefício fiscal, mas não transformar as crianças em garotos-propaganda", disse Catani. O diretor da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) Luiz Claudio de Lima acha que as empresas "terão à disposição 5 milhões de representantes, gratuitamente". Hector Passini, da Secretaria de Estado da Educação, disse que "parceria é uma via de duas mãos". Ele disse que só não serão aceitas publicidades de cigarros e de bebidas alcoólicas. (AL) Texto Anterior: Bairro não é servido pelos Correios Próximo Texto: Escola da periferia só pede camiseta Índice |
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