São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Projeto Meu Guri recebe adesão da metalúrgica Metal Leve

Proposta é tirar crianças das ruas; gasto mínimo é de R$ 400

DA REPORTAGEM LOCAL

O Projeto Meu Guri do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo ganhou ontem à tarde a adesão de mais uma empresa: a Metal Leve.
A primeira empresa a aderir foi a Elevadores Atlas, dia 25 de setembro, um dia antes do lançamento da campanha.
O projeto visa tirar as crianças das ruas de São Paulo, oferecendo assistência em período integral, para posteriormente reintegrá-las à sociedade.
Uma das propostas iniciais do Meu Guri é convencer empregadores e empregados de que a união de esforços pode trazer resultados satisfatórios.
Em empresas com mil funcionários, por exemplo, seriam adotadas duas crianças: uma pela empresa e outra pelos empregados.
Com base em cálculos relacionados a alimentação, vestuário, educação, transporte e saúde, concluiu-se que cada criança teria um gasto mínimo de R$ 400 para ser mantida pelo projeto.
Dessa forma, esse valor seria dividido entre os empregados que, mediante um acordo (não obrigatório) com a empresa, teriam descontados alguns centavos na folha de pagamento.
Segundo Paulo Pereira da Silva, presidente do sindicato, a idéia é conscientizar as pessoas de que a sociedade pode se mobilizar para diminuir os problemas atuais.
"Nosso plano é que cada empregado doe, no máximo, R$ 0,50 de seu salário para colaborar com o projeto. Dividimos o gasto de uma criança pelo número de funcionários e chegamos ao valor a ser descontado", explica Paulinho.
No caso da Metal Leve, cada funcionário que aderir estará colaborando com R$ 0,30 de seu salário.
Projeto em prática
A primeira sede do Projeto Meu Guri é a Casa do Menor, no Tucuruvi (zona norte de SP), com capacidade para acolher 32 crianças.
Atualmente, 12 menores vivem no local. Eles contam com duas mães sociais, uma servente, uma cozinheira e uma pedagoga.
"Muitas empresas já estão nos procurando para poder participar do projeto. Em breve, teremos que nos mudar", afirma Elza Costa, presidente da entidade.

Informações pelo telefone (011) 201-3272.

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