São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Frota aumentou 23% nos últimos quatro anos

DA FOLHA RIBEIRÃO

O crescimento da frota de automóveis está provocando lentidão e congestionamento no trânsito de Ribeirão Preto (319 km ao norte de São Paulo).
O principal problema acontece no chamado quadrilátero central, que fica entre as avenidas Independência, Nove de Julho, Jerônimo Gonçalves e Francisco Junqueira.
Aumento da frota
Nos últimos quatro anos, o aumento da frota foi de 23%, enquanto a população aumentou apenas 0,73% no mesmo período.
A frota de veículos da cidade atualmente é de 220.991 carros, segundo a Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Ribeirão Preto. Em agosto de 1994, existiam 179.816 veículos registrados.
Um para dois
A população de Ribeirão Preto é de 452.804 habitantes, de acordo com o IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso significa que existe um carro para cada dois habitantes.
Segundo o diretor da Ciretran, Jayme da Silva Ribeiro Filho, o número real de veículos em Ribeirão Preto é ainda maior.
"Nós estimamos que existam cerca de 240 mil carros, pois muitos não estão regularizados", disse Ribeiro Filho.
Segundo ele, muitos automóveis que estão em Ribeirão Preto possuem placas registradas em outras cidades da região ou do Estado.
O secretário de Planejamento de Ribeirão Preto, Veber Cintra Chagas, afirmou que, diariamente, circula o equivalente a uma frota inteira de carros pelo quadrilátero central da cidade.
Melhora
O DST (Departamento de Serviços de Trânsito) está realizando um projeto para melhorar o tráfego na cidade.
O projeto, que está sendo feito em parceria com a prefeitura, prevê mudanças nos sistemas de controle de semáforos, além de instalação de radares eletrônicos.
O objetivo é desafogar a região central.
Todos os meses, pelo menos mil carros novos começam a circular pelas ruas de Ribeirão Preto, de acordo com a Ciretran.
O número de habilitações autorizadas pelo órgão também aumentou significativamente. Em agosto de 93, 384 pessoas adquiriram carteiras de motorista. No mesmo período deste ano, este número subiu para 1.273.
O escrevente de cartório Sérgio Eduardo Estevão afirmou que leva dez minutos para ir de casa ao trabalho em alguns horários e quase 30 minutos em horários de pico.
Os horários considerados de pico, que causam lentidão e congestionamentos no trânsito, são 8h, 12h e 18h, segundo a Ciretran.

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