São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Motta indica a maior parte na diretoria

Ministro sai vitorioso na composição

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) saiu vitorioso na escolha dos cinco diretores da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
O órgão será o responsável pela regulamentação do setor de telecomunicações após a privatização do sistema Telebrás.
Os cargos eram cobiçados por alguns partidos políticos.
Indicações
Indicações de políticos como Jorge Bornhausen (SC), presidente licenciado do PFL, não foram aceitas pelo Palácio do Planalto.
Bornhausen queria o professor universitário Ubiratan Rezende na Anatel.
O atual secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Renato Guerreiro, vai presidir a agência.
Guerreiro é um dos homens de confiança de Motta no Ministério das Comunicações.
Na tramitação da Lei Geral das Telecomunicações na Câmara, por exemplo, ele representava Motta nas discussões com os deputados. Sua indicação foi elogiada ontem pelo presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Técnicos
Outro diretor da agência, Mário Leonel Neto, também é indicação de Motta.
Ele está ocupando o terceiro cargo de chefia na gestão do ministro. Leonel Neto trabalhou na Embratel de 1983 a 1995.
Os demais diretores -que, segundo a assessoria de Motta, também foram indicados pelo ministro- ocupam cargos no governo ou no setor de telecomunicações.
José Leite Pereira Filho, um dos indicados, representa o Brasil na UIT (União Internacional de Telecomunicações).
Aprovação no Senado
Antônio Carlos da Silva trabalha na Telebrás desde 1975. É assessor especial de Motta e coordenou vários projetos importantes na Telebrás, como, por exemplo, a participação da empresa no sistema de satélites.
Luis Francisco Tenório Perrone, formado em engenharia eletrônica no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), em 1964, é diretor de operações da Embratel.
Perrone tem experiência internacional no setor. Trabalhou, por exemplo, na Embratel e Intelsat em Washington (EUA).
Os cinco diretores ainda precisam passar pela aprovação do Senado, conforme estabelece a Lei Geral de Telecomunicações.
Mandato
A duração dos mandatos, que varia de três a sete anos, é a seguinte: Guerreiro, três anos; Silva, sete anos; Leonel Neto, seis anos; Pereira Filho, cinco anos; e Perrone, quatro anos.

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