São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Velha guarda fala em acaso

FÁBIO VICTOR; LUIZ CARLOS PIMENTEL
DA REPORTAGEM LOCAL

O espaço de uma geração muda completamente a justificativa que os ex-jogadores e hoje técnicos têm para explicar sua experiência.
Dois representantes da "velha guarda", o ex-ponta Telê Santana, hoje parado, e o ex-meia Evaristo de Macedo, técnico do Vitória, atribuem ao acaso a transição campo/banco.
"A posição do jogador não tem absolutamente nada a ver com isso", diz Evaristo, que considera a "vocação e o talento" os principais requisitos para um atleta se tornar técnico.
Para Telê, a posição de técnico depende do que foi o jogador em matéria de liderança. "Normalmente, o técnico foi líder do time na sua época de jogador."
Telê diz achar, porém, que, normalmente, o jogador que passou de atacante para técnico gosta mais de ver o time atacando do que aquele que foi zagueiro.
Uma das exceções, segundo ele, seria o técnico da seleção brasileira, Mario Zagallo, ex-atacante. "Ele jogou sempre mais recuado e parecia mais de defesa."
Evaristo ressalta ainda o aspecto financeiro. Para ele, os atacantes de sucesso são normalmente mais bem remunerados do que os jogadores de outras posições, o que lhes garante uma estabilidade no futuro.
"O Ronaldinho não vai querer ser técnico, pois o que ele ganha hoje permite com que solucione todos os seus problemas."
(FV e LCP)

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