São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Adam F. quer misturar tudo ao minimalismo do drum'n'bass

DA REDAÇÃO

Na programação do Free Jazz, Adam F., 25, deve responder pela parte mais acessível do drum'n'bass.
Seu estilo é considerado mais misturado, com elementos de outros ritmos passeando sobre a estrutura minimalista do gênero.
Interpreta ao vivo sons digitais criados em estúdio, fundindo bateria, baixo elétrico, sopros e teclados na mesma proposta. Junto a isso, há seu trabalho como instrumentista (flauta, trompete e também saxofone).
Adam F. tem sua formação musical recheada por elementos do rhythm and blues, funk (tinha uma banda nos anos 80) e chegou até a cantar num coro gospel. Mas o mais bizarro de sua trajetória é mesmo sua participação como backing vocal para Barry Manilow.
Adam F. foi reconhecido pelo seu primeiro álbum, "Colours". Nele, faz interessantes misturas também com elementos do jazz, em versão mais funk. No disco, Goldie aparece em momento de brodagem explícita, com um recado em sua secretária eletrônica.
A faixa "Dirty Harry" homenageia o Grooverider (que também toca amanhã no Rio). O disco tem também participação da cantora Tracey Thorn.
Já "Metropolis" foi eleita a melhor faixa de drum'n'bass do ano de 96, pela revista especializada "Muzik". É considerada um dos mais importantes e criativos momentos do gênero. "Circles" é outro hype do disco, igualmente celebrado pela crítica.
Adam F. é um dos destaques da na cena do drum'n'bass, em noites como a Promise Land, no The End.
O produtor foi "adotado" pelo clã Metalheadz, que tem Goldie como mentor, que também conta com outra coqueluche do momento, o Photek, mais Alex Reece.
O primeiro trabalho de Adam F. data de 1993, "Sea of the Destiny"; hoje conta com seu próprio selo, o F Jam. Recentemente, Adam F. tem avançado para tornar cada vez mais livre o vocabulário do drum'n'bass.

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