São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Furacão mata mais de 100 no México

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Ao menos 109 pessoas morreram depois que o furacão Pauline atingiu ontem a costa sudoeste do México, informou a agência de notícias "Reuter". Ainda há várias pessoas desaparecidas.
Acapulco, o mais famoso balneário do país, a 280 km da Cidade do México (capital), teve várias áreas totalmente devastadas.
Segundo a "Reuter", ao menos 89 pessoas morreram em Acapulco, vítimas de desabamentos e inundações provocados pelo furacão. Nove corpos foram encontrados na avenida Costera, a principal do balneário.
Carros e árvores foram arrastados pelos ventos, e uma pequena igreja desabou. "Eu vivi aqui toda a minha vida e nunca vi nada igual", disse o jornalista Amado Ramirez.
Todos os vôos de entrada e saída de Acapulco foram cancelados. As atividades do porto estão paralisadas. No mesmo Estado de Guerrero, houve outras cinco mortes.
Em Oaxaca, Estado vizinho e um dos mais pobres do país, foram confirmadas 14 mortes. Outras 15 pessoas estavam desaparecidas. Mais de 4.000 famílias estão desabrigadas no Estado.
Segundo o governador de Oaxaca, Diodoro Carrasco, o furacão causou "uma situação de desastre" nos portos de Huatulco, Pochutla e Puerto Escondido.
"Não há telefone, nem eletricidade, as estradas estão bloqueadas e as pontes, em colapso", disse Carrasco.
Efeito do El Niño
O Pauline está sendo considerado um dos mais perigosos da temporada no oceano Pacífico, com ventos de mais de 250 km/h.
Especialistas afirmam que o fenômeno El Niño contribuiu para agravar a passagem do furacão pela costa do México.
O presidente Ernesto Zedillo, que visita a Alemanha, ordenou à Defesa Civil do país que implemente um plano de resgate de emergência. Na Cidade do México, estão sendo organizadas coletas de alimentos e roupas. A Cruz Vermelha enviou ontem 30 toneladas de alimentos, água e medicamentos às vítimas.
Barulho
Turistas e moradores assustados tiveram que correr dos fortes ventos do furacão, que derrubou árvores e arrancou telhados.
"O barulho era incrível e pedaços de telhados voavam por toda a parte. Era só destruição e mais destruição", disse Angel Cosme Hernandez, na cidade de Palo Tula, perto de Acapulco.

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