São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997 |
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"Teoria" conspira contra si mesmo
NAIEF HADDAD Um taxista paranóico apaixonado por uma bela e comportada garota. Quem se lembrou de "Taxi Driver", esqueça."Teoria da Conspiração", de Richard Donner, parte sim do mesma tema do filme de Martin Scorsese, mas apenas apresenta dois personagens distantes -vividos por Mel Gibson e Julia Roberts-, uma trama rocambolesca e um final demagógico. Nada a ver, portanto, com a obra alucinante de Scorsese. De qualquer forma, Donner ("Máquina Mortífera" 1, 2 e 3, "Superman", "Goonies" e "A Profecia") sabe como dispor o jogo para criar tensão. Seu taxista percebe o mundo conspirando contra si -o Vaticano inclusive. Todos o têm como louco até que detalhes despertam a compreensão de uma advogada, por quem ele é vidrado. Mel Gibson e Julia Roberts não podem estar do lado errado ao mesmo tempo -dita a cartilha de Hollywood- mas até que isso seja provado surge uma organização secreta e a trama se complica, resvala no incompreensível. "Teoria" não é ruim, mas sua perfeição pré-moldada para o sucesso incomoda e assim conspira contra si mesmo. Saudades de De Niro um táxi amarelo que rodava Nova York no fim dos 70. Texto Anterior: Maluquinho voa e submerge nos parques Próximo Texto: "Bela Aldeia" ironiza a guerra Índice |
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