São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997
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Crise financeira apressa início

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito Celso Pitta sancionou a lei da anistia antes mesmo de viabilizar a sua aplicação.
A pressa política -explicada pela ânsia de arrecadar dinheiro para sanear as contas do município- foi maior que a capacidade de fazer funcionar a máquina pública.
Com a anistia, a prefeitura anuncia a oferta de um sistema mais vantajoso para o pagamento de débitos municipais. Mas, na realidade, essa medida com rumor popular é o último recurso para reequilibrar o caixa até o final do ano.
Entre taxas e impostos, Celso Pitta contabiliza uma dívida ativa de R$ 4 bilhões -incluindo R$ 900 milhões relativos ao IPTU progressivo de 1992, ainda sub judice- e espera arrecadar R$ 1 bilhão até dezembro.
Segundo o prefeito, a injeção desses valores resolveria uma crise financeira momentânea e permitiria a execução dos investimentos previstos para 98, sem acúmulo de compromissos deste ano a pagar.
Pitta afirma que esses recursos seriam provenientes sobretudo do aprimoramento dos sistemas de arrecadação e fiscalização de tributos municipais.
A terceirização da cobrança de taxas e impostos do município é o próximo passo planejado por Pitta. O projeto está sendo elaborado em conjunto pelo prefeito e pelos secretários das Finanças e dos Negócios Jurídicos.
A bancada governista da Câmara Municipal já acenou positivamente à proposta de terceirização.

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