São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997
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Pernambucanas do Rio pede falência

Concordata se arrastava desde 95

MÁRIO MOREIRA
DA SUCURSAL DO RIO

Afogada em dívidas superiores a R$ 300 milhões, a Casas Pernambucanas pediu falência ontem na 2ª Vara de Falências e Concordatas do Rio. A empresa estava em concordata preventiva desde 21 de julho de 1995.
O pedido de falência não atinge a Casas Pernambucanas de São Paulo, que tem outro controle acionário e não estava na concordata, mas inclui a PIC (Pernambucanas Indústria e Comércio).
No pedido, os advogados da Pernambucanas, Sergio Bermudes, Luiz Bernardo Gomide e Daltro Borges Filho, pedem que o síndico da massa falida faça um contrato de arrendamento dos ativos do segmento comercial da empresa para a Viver Fomento Comercial Ltda., do grupo Pedro Bezerra.
Esse segmento é composto por 70 lojas de artigos de cama, mesa, banho e decoração espalhadas por 19 Estados e emprega atualmente 1.800 funcionários. O negócio seria preservado até sua venda como ativo da massa falida.
O contrato com a Viver teria prazo mínimo de 12 meses. O preço seria o equivalente a 10% da receita líquida mensal, respeitado o valor mínimo de R$ 20 mil.
A arrendatária teria que arcar com os custos do negócio (salários, aluguéis etc.), num total mensal de R$ 1,49 milhão.
Além disso, os advogados pediram ao juiz que autorize o síndico a manter em vigor o contrato de arrendamento da fábrica de tecidos da Pernambucanas, em Contagem (MG), com a Companhia Renascença Industrial, que emprega 1.200 trabalhadores.
Desde a decretação da concordata, a Pernambucanas procura se recuperar financeiramente.
Um das tentativas ocorreu com a contratação do Banco Multiplic para desenvolver um plano de reestruturação financeira para a empresa.
O banco, porém, após obter dos credores promessa de repactuação da dívida, não conseguiu crédito novo para o capital de giro e se retirou do negócio.

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