São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997
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Mortes chegam a 400, diz Cruz Vermelha

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Cerca de 400 pessoas morreram e outras 20 mil ficaram desabrigadas devido a passagem do furacão Pauline pelo balneário de Acapulco e pela costa sul do México, afirmou ontem a Cruz Vermelha.
"Os números que temos são de cerca de 400 mortos e 20 mil desabrigados", disse José Barroso, chefe do organismo de ajuda humanitária no México.
Segundo Barroso, o número final de mortos deve subir, pois há regiões ilhadas e áreas alagas.
No Estado de Oaxaca (sul), subiu para 58 o número de mortos. Ainda continuam os trabalhos de resgate. Ontem, em Guerrero e Oaxaca, foram detectados os primeiros casos de cólera e problemas das vias respiratórias como consequência dos danos à infra-estrutura, informaram autoridades sanitárias da Secretaria de Saúde.
Em visita à região, o ministro da Saúde, Juan Ramón de la Fuente, disse que existiam riscos de epidemias devido ao estado de insalubridade provocado pelo furacão.
O Pauline, que está sendo considerado o furacão mais destrutivo dos últimos nove anos, havia praticamente se dissipado ontem.
Segundo dados oficiais, cerca de 300 mil pessoas em Acapulco foram atingidas de alguma maneira pelo furacão. Em Oaxaca, o número de pessoas que tiveram perdas chega a 200 mil.
O pior em nove anos
O Pauline foi o furacão mais destrutivo a atingir o México desde o Gilbert, que devastou o norte do país em 1988, causando 450 mortes e estragos estimados em mais de US$ 1 bilhão.
Em Acapulco, no momento da entrada do furacão, os hotéis possuíam um índice de ocupação de 20%. O porto continua fechado para a navegação. O aeroporto foi reaberto, mas opera com 40% de sua capacidade.

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