São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997
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Comissários de bordo recebem US$ 300 mi da indústria de fumo

Acordo legal destina o dinheiro para uma fundação

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro caso de fumo passivo contra a indústria do cigarro a chegar a um tribunal foi encerrado ontem em Miami (Costa Leste dos EUA) com um acordo de US$ 300 milhões. Os fabricantes de cigarro concordaram em pagar o montante a uma fundação dedicada a pesquisar curas para doenças que os comissários dizem ter contraído respirando fumaça de cigarro nos vôos.
A ação legal foi iniciada em 1991, em nome de milhares de comissários de empresas aéreas americanas. A acusação tinha dito que pediria mais de US$ 5 bilhões em compensação. O acordo deu aos comissários o direito de entrar com novas ações individuais.
No que os advogados consideraram ser um precedente inédito, os fabricantes concordaram em abrir mão de limitações legais que impedem que milhares de comissários, cujas doenças datam de décadas atrás, entrem com ações. A indústria também concordou em apoiar leis que proíbam o fumo em vôos internacionais saindo ou chegando aos EUA e a pagar US$ 3 milhões em custas judiciais.
O acordo, que ainda precisa receber a aprovação final do tribunal, também determina o pagamento de US$ 46 milhões em honorários ao casal de advogados Stanley e Susan Rosenblatt, representantes dos comissários.
Tanto os comissários quanto os fabricantes se consideraram vitoriosos com a decisão de ontem.
Em junho, a indústria de fumo dos EUA fechou um acordo de US$ 368,5 bilhões com promotores estaduais para ajudar os Estados a recuperar dinheiro do contribuinte gasto no tratamento de doenças causadas pelo fumo.

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