São Paulo, domingo, 12 de outubro de 1997
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Recorde de exportações ao Brasil cria 190 mil empregos nos EUA

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

O valor recorde de US$ 12,7 bilhões alcançado pelas exportações norte-americanas para o Brasil em 1996 criou 190,5 mil empregos diretos nos Estados Unidos.
Essa é uma das informações do "The Brazilian Investment Guide 1997/98", um manual para investidores estrangeiros, que a Câmara Americana de Comércio de São Paulo vai divulgar na próxima terça-feira.
O lançamento ocorrerá antes da palestra do presidente Bill Clinton sobre a Alca (Área de Livre Comércio das Américas), às 9h, no Memorial da América Latina, em São Paulo.
Com uma tiragem inicial de 15 mil exemplares, o guia tem como principal objetivo "saciar a demanda de investidores estrangeiros por informações sobre o Brasil", como afirma o vice-presidente executivo da entidade, John Mein.
Um dos textos da publicação, que será atualizada anualmente, diz que o Brasil é o mercado que mais cresce para as exportações norte-americanas e é o país que oferece as oportunidades mais lucrativas para os investimentos dos EUA.
'Olhos ávidos'
Sob o título "Trabalhadores e investidores dos EUA voltam seus olhos ávidos para o Brasil", o guia diz que o Brasil está longe de ser o maior consumidor de bens norte-americanos, mas é um dos países onde os EUA têm um dos maiores saldos comerciais (exportações maiores que importações).
"As exportações norte-americanas para o Brasil aumentaram cerca de US$ 7 bilhões nos últimos cinco anos, chegando a US$ 12,7 bilhões em 96, uma tendência que cria milhares de empregos para trabalhadores nos EUA e lucros crescentes para as empresas norte-americanas."
O manual destaca também entrevistas com o presidente da República Fernando Henrique Cardoso e com o ministro Pedro Malan (Fazenda).
Respondendo a uma pergunta sobre o ritmo das reformas, que é considerado lento pelos investidores estrangeiros, FHC disse que, se dependesse somente dele, as reformas já teriam sido todas feitas há muito tempo.
Em sua entrevista ao guia, Malan diz que o governo está comprometido com três objetivos: manter a inflação sob controle, garantir crescimento sustentado e melhorar o padrão de vida da maioria população.

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